Em busca de uma sociedade consciente

EUA ameaça o Brasil militarmente e Itamaraty reage reafirmando a soberania nacional

A ameaça militar dos EUA ao Brasil, feita quando a Casa Branca afirmou que Donald Trump “não tem medo de usar o poder econômico e militar” ao comentar o julgamento de Jair Bolsonaro, provocou reação imediata do Itamaraty e acendeu sinal de alerta na relação bilateral. Para o governo brasileiro, a declaração fere a soberania e ultrapassa limites aceitáveis entre democracias.

O Itamaraty respondeu com nota firme, condenando a ameaça e qualificando-a como afronta à soberania brasileira. O comunicado reforçou que a defesa da liberdade de expressão não pode ser usada como pretexto para desrespeitar instituições nacionais. O Brasil destacou que o Supremo Tribunal Federal atua com autonomia e que nenhum país terá poder de intimidação sobre suas decisões.

Palácio Itamaraty A C Moraes – Flickr

Para além da retórica, a declaração revela a estratégia de pressão política dos Estados Unidos em momento sensível. O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro é conduzido segundo a Constituição brasileira, com direito à ampla defesa e transparência. Questionar esse processo equivale a desconsiderar a solidez institucional do país. Ao insistir em ameaças, Washington expõe contradições: em nome da democracia, age contra a democracia alheia.

No cenário interno, líderes políticos reagiram com unidade. A ministra Gleisi Hoffmann classificou a fala como “inadmissível”, e ex-chanceler Celso Amorim chamou a atitude de “loucura”. O Congresso, o Executivo e o Judiciário reforçam a mensagem de que o Brasil não aceitará tutelas externas. Trata-se de um consenso raro: em disputas políticas internas pode haver divergência, mas frente à soberania nacional não existe divisão.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Foto: Gil Ferreira/SRI-PR

Em suma, o episódio expõe uma lição clara: defender a pátria não é questão de ideologia, mas de dignidade nacional. O Brasil deve seguir fortalecendo suas instituições, ampliando cooperação internacional em pé de igualdade e denunciando todo ato que tente transformar diálogo em ameaça. A independência conquistada em 1822 não se negocia. Entre nações soberanas, o único caminho aceitável é o respeito mútuo, nunca a imposição pela força.

Jonathan de Jesus, O Diálogo, Brasil.

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